Em um mercado cada vez mais acelerado, encontrar as pessoas certas para impulsionar um negócio é um dos maiores desafios. Foi com o objetivo de encurtar caminhos e criar oportunidades reais que a Inbix promoveu mais uma Rodada de Negócios. O evento reuniu clientes e parceiros para um dia inteiro dedicado a um propósito claro: fomentar conexões estratégicas e gerar negócios.

A proposta foi simples e imponente: proporcionar um ambiente onde a troca de experiências e a busca por soluções práticas pudessem acontecer de forma direta e eficaz. Deixamos o digital de lado por um momento para focar no insubstituível aperto de mão. A energia do encontro foi palpável desde o início, com um roteiro pensado para que cada participante aproveitasse ao máximo o potencial de crescimento colaborativo que nosso ecossistema oferece.

​​​​​​​A programação foi um reflexo dessa dinâmica. Iniciando com um Pitch Relâmpago, quebrando o gelo e propondo um momento de interação entre os participantes que ainda não se conheciam, criando novas conexões. Em seguida, a Rodada Tradicional de Negócios e a inovadora Rodada PVP permitiram que dezenas de reuniões acontecessem em poucas horas, otimizando o tempo de todos e multiplicando as chances de encontrar o parceiro ou cliente ideal.

Para coroar o dia, a palestra com Oséias Gomes, trouxe uma visão aprofundada sobre “O Novo Mercado - Desafios e Oportunidades”, oferecendo insights valiosos para os desafios atuais. O evento foi a materialização do nosso compromisso: ser o ponto de encontro para empresas que não apenas buscam o sucesso, mas que o constroem juntas, através de um networking exclusivo e de alta performance.

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O Novo Mercado: Desafios e Oportunidades

No cenário empresarial contemporâneo, a capacidade de adaptação é mais do que uma vantagem competitiva, é uma questão de sobrevivência. Durante a Segunda Rodada de Negócios da Inbix, Oséias Gomes, CEO da Odonto Excellence & CVO da Lions Startups, ilustrou essa necessidade com a metáfora da pata de elefante. Assim como a estrutura gelatinosa da pata do animal se molda ao terreno irregular, os empresários de hoje precisam demonstrar uma flexibilidade semelhante, entendendo que cada passo no mercado é um movimento que exige uma nova adaptação. Em um mundo de mudanças constantes, a habilidade de desaprender velhos métodos se torna ainda mais crucial do que o aprendizado de novas competências, permitindo que as empresas naveguem com agilidade pelas incertezas.

A palestra destacou a importância de uma estratégia clara e de um diferencial competitivo bem definido. Antes de investir em aparências, é fundamental mergulhar na essência do negócio para identificar seus pontos cegos e as oportunidades ainda não exploradas pela concorrência.

Oséias ressaltou que, apesar dos avanços, o Brasil ainda possui um vasto campo para a aplicação de tecnologia na economia real. Uma pesquisa recente do Google em parceria com a Ipsos mostrou que o Brasil está acima da média global no uso de Inteligência Artificial generativa, 78% dos entrevistados utilizam diariamente ferramentas de IA para finalidades como ganhar eficiência e resolver problemas.

Mas o país ainda carece de um ambiente mais robusto e de apoiadores para impulsionar grandes inovações tecnológicas. Nesse contexto, questionar o tipo de inovação que está sendo implementada internamente é o primeiro passo para construir uma empresa verdadeiramente preparada para o futuro.

Um dos pontos centrais do debate foi o futuro do trabalho e a crescente escassez de mão de obra em diversos setores. Seguindo o princípio de que a escassez gera valorização, Gomes provocou a audiência a pensar em como a automação pode suprir essa lacuna. Sua perspectiva sobre a tecnologia evoluiu: se antes acreditava que um humano seria substituído por outro com mais habilidades tecnológicas, hoje sua visão é mais radical. Em suas empresas, uma nova ferramenta só é considerada excelente se for capaz de otimizar processos a ponto de reduzir a necessidade de contratações, realocando talentos para funções mais estratégicas e menos operacionais. Essa abordagem não visa gerar desemprego, mas sim preencher postos que as novas gerações já não desejam e capacitar pessoas para novas funções.

​​​​​​​Oséias Gomes também convidou os participantes a refletirem sobre os três níveis de inovação a de evolução, a de revolução e a disruptiva. A inovação de evolução, muitas vezes sutil e imperceptível, não é suficiente para transformar o mercado. A inovação de revolução, por sua vez, transforma de forma mais drástica e considerável. No entanto, o maior alerta foi para a inovação disruptiva, aquela tão poderosa que pode eliminar negócios consolidados. "Todos os dias tem alguém matando os negócios e criando outras paradas, criando outros serviços."
A mensagem final foi um chamado à ação para que os empresários estejam sempre atentos a essas transformações, pensem em grande escala e desenvolvam a mentalidade necessária para escalar seus negócios e, assim, não apenas sobreviver, mas prosperar no novo mercado

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A Inovação como Cultura, Não como Discurso

A palavra "inovação" tornou-se onipresente, correndo o risco de se esvaziar e virar apenas um jargão corporativo, uma "modinha". O grande desafio, abordado na palestra, é retirar a inovação do campo das ideias e dos discursos motivacionais e inseri-la no dia a dia da operação. Falar sobre ser inovador é fácil; construir uma cultura onde a inovação é implementada, vivida e respirada por todos é o que realmente transforma uma empresa.

Implementar e viver a inovação significa:

  1. Criar um ambiente propício (A "ambiência"): A inovação não floresce no vácuo. Conforme destacado por Oséias Gomes, é fundamental "criar ambiência para isso". Além de investimento, isso significa desmontar a cultura do "sempre foi feito assim", que vicia as pessoas e cria resistência a mudanças.
  2. Estruturar para inovar: A inovação não pode ser uma responsabilidade abstrata de todos e de ninguém ao mesmo tempo. A sugestão de Gomes, de que "toda empresa precisa ter um departamento de TI com seus developers para solucionar problemas", aponta para a necessidade de ter equipes dedicadas e com autonomia para criar. Seja um departamento de P&D, um laboratório de inovação ou squads multifuncionais, é preciso ter pessoas cujo foco principal seja questionar o status quo e desenvolver novas soluções, tanto para otimizar o presente (inovações de evolução) quanto para construir o futuro (inovações de revolução e disruptivas).
  3. Adotar a mentalidade do "desaprender": Viver a inovação exige uma humildade intelectual para reconhecer que as fórmulas de sucesso do passado podem ser as âncoras que impedem o progresso futuro. O conceito de que "desaprender é mais importante do que aprender" é o cerne dessa transformação cultural. Trata-se de abandonar processos obsoletos, questionar crenças limitantes e estar disposto a pivotar a estratégia quando o mercado assim o exigir. Empresas que vivem a inovação não se apegam a produtos ou serviços, mas sim à missão de resolver o problema do cliente da melhor forma possível.
  4. Alinhar a inovação à estratégia real: Inovar por inovar é desperdício de recursos. A inovação vivida está diretamente conectada aos objetivos estratégicos do negócio. Antes de adotar a última tecnologia da moda, a liderança deve se perguntar: "Qual é a nossa real estratégia? Qual diferencial estamos construindo? Como essa inovação resolve um ponto cego nosso ou do mercado?". A implementação de uma nova ferramenta, como no exemplo de Gomes, deve ser criteriosa: ela mantém o quadro de colaboradores? É relevante. Reduz a necessidade de um colaborador, otimizando o processo? É excelente. A inovação, portanto, deve ser uma ferramenta para escalar o negócio e fortalecer sua posição competitiva, não apenas um item para constar no relatório anual.​​​​​​​​​​

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Em suma, transformar a inovação de "modinha" em realidade é um processo intencional e contínuo. Exige liderança comprometida, alocação de recursos, estrutura organizacional adequada e, acima de tudo, a coragem de desaprender para poder criar o novo. É a diferença entre uma empresa que fala sobre o futuro e uma empresa que está ativamente construindo-o.
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Um Evento Completo: Conexões, Estratégia e Ação

A Segunda Rodada de Negócios foi a prova de que é possível unir o melhor de dois mundos em um só lugar. De um lado, o evento promoveu o que há de mais valioso no mundo dos negócios: a conexão real, o aperto de mão e a conversa que abre portas. As rodadas de negócios e os momentos de networking foram pensados para que os participantes saíssem com contatos práticos e oportunidades concretas na mesa.

Do outro lado, a palestra de Oséias Gomes trouxe o conteúdo estratégico necessário para que essas novas oportunidades possam crescer de forma inteligente. Não adiantaria fazer novos contatos sem saber como se adaptar às rápidas mudanças do mercado.

Os insights sobre inovação, a importância de desaprender e a necessidade de ter uma cultura forte mostraram o caminho para construir empresas que não apenas sobrevivem, mas que lideram. O evento entregou tanto as ferramentas (os contatos) quanto o manual de instruções (a estratégia), oferecendo uma experiência completa e de alto valor para todos os presentes.

Reafirmamos, assim, o propósito da Inbix: ser muito mais que um espaço, e sim o catalisador que une e impulsiona empresas.